Segundo especialista, as quatro tendências apontadas pelo IDC são assuntos recorrentes.
“Não veremos nada de novo”. É com esta frase que o gerente de pesquisa e consultoria do IDC, Alessandro Figueiredo, define a tendência do mercado de tecnologia.
Cloud Computing
O primeiro deles é a velha e boa cloud computing que, de acordo com Figueiredo, deve decolar com força no Brasil.
“Por mais que tenham falado muito disso no país, somente no ano que vem que veremos uma forte adoção. Este ano tivemos conflitos entre as ofertas e as necessidades. A tendência é que isto se alinhe”, comenta.
O segundo tema que deve aparecer nas agendas das corporações é o Big Data. Os equipamentos (hardware) para armazenar dados e os softwares que exploram as informações terão um bom espaço no mercado, apesar do alto custo.
O Gartner, outra consultoria da área de TI, também vê o BD na lista das dez principais tendências.
“Lidar com volume, variedade, velocidade e complexidade dos dados está forçando as empresas a mudarem suas abordagens tradicionais. Esta percepção está levando as organizações a abandonar o conceito de único local de armazenamento de dados. Elas estão apostando em múltiplos sistemas de análises de dados”, afirmou a companhia em uma pesquisa recente.
Redes Sociais
Outro estudo, realizado pela E.life, especialista em redes sociais, também aponta para um explosão do Big Data nos próximos meses.
O documento informa que o termo passará a ser obrigatório em reuniões de marketing digital, uma vez que o desafio de como lidar com um volume exponencial de dados internos e externos será real.
“Plataformas como o Twitter poderão facilmente ultrapassar 1 milhão de postagens mensais mencionando uma grande marca somente no Brasil. De acordo com a revista The Economist, o mundo vai produzir 34.6 Zettabytes (1 trilhão de gigabytes) em 2020, saltando dos pífios 0.13 que produziu em 2005. Outra infraestrutura de servidores, largura de banda, banco de dados e algoritmos será necessário”, declarou a empresa.
Dispositivos Móveis
Dispositivos móveis, como era de se esperar, também terão lugar garantido. Tablets e smartphones continuarão sendo a grande tendência no mundo varejista, o que impactará diretamente no mercado corporativo. Sendo assim, a última tendência apontada pelo especialista é a consumerização ou o conhecido “Bring your own device” (traga eu próprio dispositivo, em português). O Gartner ainda reforça a tendência com um estudo que sugere que os smartphones vão ultrapassar os PCs no acesso à internet no próximo ano.
“As pessoas vão forçar as empresas a criarem políticas de segurança para os aparelhos que elas levarem para o trabalho. A chegada da Apple no Brasil deve contribuir bastante com isso, aliás”, afirma Figueiredo.
Além dos temas citados, o Gartner acrescentou outros assuntos em destaque para o ano que vem. Os aplicativos móveis e os aplicativos construídos em HTML5 devem ganhar cada vez mais espaço no cotidiano dos consumidores e corporações. Ao lado deles, os serviços de armazenamento na nuvem para usuários finais também terão mais reconhecimento no mercado.
Internet das Coisas
A internet das coisas, que vai conectar diversos produtos à rede, também foi apontada como uma das principais tendências para tecnologia. Para eles, a mobilidade já não se refere apenas a utilização de celulares ou tablets. A tecnologia celular está sendo incorporada a novos dispositivos.
“Smartphones e outros dispositivos inteligentes agora se comunicam via NFC, Bluetooth e Wi-Fi para adicionar uma ampla gama de aparelhos e periféricos, tais como monitores de saúde e sistemas de entretenimento doméstico”, explica a companhia.
Via Olhar Digital